Por que vou assinar o documento de venda.
Por uma questão de biografia, a visão que eu tenho sobre a venda dessa propriedade é muito diferente da dos demais herdeiros. Eu tenho uma ligação sentimental com essa propriedade. Sentimental, além de espiritual e emocional. A grande maioria dos herdeiros (com exceção talvez de Eloisa, Eliane e Regina) não têm nem nunca tiveram envolvimento emocional, primeiro com o boteco e depois com o restaurante. Não participaram da construção desse patrimônio. Não moveram uma palha para a criação dessa história. Portanto, a visão que essas pessoas secundárias têm a respeito dessa questão é agora meramente financeira. Só querem a grana que, por Lei, lhes cabe. Compreendo. Mas não é o meu caso. Porque eu estive presente em todos os grandes momentos dessa história. Desde o primeiro dia em que abrimos o boteco. Desde o primeiro dia que abrimos o restaurante. E por causa disso resolvi escrever um depoimento onde explico as razões pelas quais eu vou assinar o documento de venda dessa querida propriedade. Porque meu corpo, meu coração e minha alma estão imbricados nos alicerces dessa história.
Para ver detalhes dê um click AQUI.
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Porém, antes de explicar as razões, é preciso que eu conte um pouco da história.
Ainda estou redigindo o texto definitivo.
Edson Marques.
03.12.22. 22h58.
Minha Mãe só começou a ter sossego quando alugamos o restaurante para os Gaúchos.
Ela, já viúva, aos 49 anos.
Meu Pai, aos 30 anos de idade, quando voltou do sítio, completamente sem dinheiro e com cinco filhos pra criar. No primeiro ano da lavoura ele perdeu tudo o que tinha. No segundo ano, perdeu capitais de terceiros. A lavoura não deu certo. Ele não tinha experiência na área.
A Mãe aos dezoito anos de idade.
Minha Mãe cozinhando no restaurante, em meados de 1978, logo após termos reassumido, depois de três anos para o Jeová e três anos para o Lico. Um ano depois o Pai morreu. então veio a fase em que o Paulo assumiu, e tivemos um resultado lamentável.
Foto que eu fiz em frente ao nosso boteco, em 1963.
Paulo, ao lado de Zezé e Rosana, orientando Maria Inês a olhar para a câmera.
Paulo, Zezé e Rosana.
Foto que fiz do Pai em 1966. Ao perceber que eu iria fazer a foto, ele mesmo, sorrindo, abaixou a cinta para mostrar a barriga.
O dia em que tudo começou.
Bom frisar que essa propriedade só cresceu geograficamente até 1971. Depois que eu saí de Itararé, não compramos nem sequer um centímetro quadrado de terreno. O patrimônio não cresceu. Aliás, diminuiu. O terreno onde tínhamos a casa de madeira (ao lado do estacionamento) foi vendido para o Otávio, por volta de 1975. Depois, no início dos anos 90, cresceu de alguma forma com a chamada Chopperia, construída quase totalmente com dinheiro que eu mandei. Eu cheguei a deixar cheques assinados em branco para o Zezé usar nesse projeto (Júnior da Eliane lembra-se disso).
Mas essa é outra história. Voltemos a tempos mais recentes...
Em março de 2022 eu gravei um áudio em que eu dizia que jamais iria atrapalhar a venda dessa propriedade. E mantenho essa minha palavra. Sob certas condições, é claro. Transparência é uma delas. O direito de fazer perguntas sobre a eventual transação, é outra. Aliás, em agosto de 2020 já tínhamos um site tratando disso.
Dê um click no link acima e veja.
(...)
Venda.
Continuação. 05.12.22.
Mas, voltando ao assunto principal – que é a venda da propriedade. Em março deste ano eu disse que jamais iria atrapalhar a venda – e mantenho essa palavra. Porém, ao ler um documento já assinado por quase todos (e que só me foi passado cerca de noventa dias após a sua confecção) surgiram-me algumas dúvidas, que manifestei em forma de quatro perguntas, e que agora amplio para oito, quais sejam...
01. Todos que assinaram leram o texto cuidadosamente?
02. Entenderam o que está escrito?
03. Quem é o corretor José Geraldo?
04. Quem escolheu tal corretor?
05. Por que pretendem conceder exclusividade de venda a tal corretor?
06. Se o Zé Reinaldo dizia já ter um comprador, por que surge agora um corretor?
07. Por que 3% de corretagem sem negociar com outros corretores?
08. A Espaço Imóveis foi consultada a respeito?
09. Nesse contrato diz-se que o preço será à vista ou parcelado. Mas não se diz em quantas parcelas nem de quanto será a correção monetária das referidas parcelas?
10. Seguiu-se a Lei do Inventário no tocante ao prévio e indispensável procedimento etc?
(...)
Continua.
A petulância do capiau não tem limite. Veja abaixo.
Mas, desde julho de 2022, ele já estava tramando uma "procuração" à minha revelia. Numa demonstração ingênua de falta de ética. Pegou a assinatura de todos os herdeiros, menos a minha. E parece ter querido apresentar-me já um "fato consumado", só para me pressionar.
Coitado.
A seguir mensagem que mandei ao Zé Reinaldo em 07.12.2022.
José Reinaldo, boa tarde!
Em 10/04/22 eu e você marcamos um encontro no Itararé Hotel e comparecemos. Acabei até te dando uma garrafa de vinho italiano Miluna Rosso. Mas aquilo que nesse encontro combinamos para a semana seguinte você não cumpriu.
Não cumpriu e desapareceu. E nunca mais respondeu às minhas mensagens por WhatsApp, até o dia 14/09/22.
Ou seja, você desapareceu por cinco meses e quatro dias. E não cumpriu a palavra dada a mim no dia 10 de abril de 2022.
E agora, em 25/11/22, Luiz Paulo, segundo ele a teu pedido, me entregou, para que eu assinasse, uma procuração absurda, mal escrita, obscura, quase desonesta, onde você se autointitula negociador do Espólio da minha Mãe, e ainda tenta conceder exclusividade de venda a um corretor desconhecido, sem CRECI.
Como eu disse acima, isso é quase desonesto.
Para que eu considere viável assinar tal procuração, é preciso que você me convença a respeito disso.
Se não, não!
Nos últimos dias tenho mandado a você certas dúvidas minhas a respeito dessa procuração, e você não me respondeu nada até hoje. Vou aguardar mais cinco dias por tua resposta, aqui mesmo por WhatsApp. Ou pelo e-mail Liberdata@gmail.com
Se você não me responder neste prazo de cinco dias, mandarei a você uma Notificação Extrajudicial. E se isso não for suficiente, suponho que o melhor caminho talvez seja judicializarmos essa questão.
Caso contrário, não assinarei essa citada procuração, da forma como ela foi redigida por você. Terá que ser alterada ANTES.
Repito: não vou atrapalhar a eventual venda da propriedade, desde que haja transparência nas negociações.
Edson Marques.
Itararé. 07.12.22. 12h30.
E o que é uma demonstração cabal de burrice.
Pretende-se dar exclusividade de venda ao citado corretor desconhecido, sem CRECI, e SEM PRAZO DE VALIDADE expresso na procuração.
Burrice ou má-fé.
Veremos.
Houve um fato novo, em 09.12.22. Veja abaixo.
Anotações feitas por mim no contrato de corretagem ilícito.
Sine qua non.
Edson Marques. 09.12.22. 16h58.
(*) Ainda estão em aberto as condições legais dessa venda. Requisitos, etc.
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